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Bolsonaro manda o seu vice fechar a boca


General Mourão disse que vai praticar o silênciao obsequioso até as eleições

A declaração do general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro, sobre o 13.º salário e o pagamento de adicional de férias no País, causou uma crise na campanha do candidato do PSL. Em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão criticou os benefícios previstos na lei trabalhista, que foram classificados por ele como “jabuticabas” – ou seja, só ocorrem no Brasil.


Após a divulgação do vídeo, Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto, usou o Twitter para contestar o próprio vice afirmando que criticar o 13.º salário, “além de uma ofensa à (sic) quem trabalha”, é de alguém que “confessa desconhecer a Constituição”.


Além da resposta dura do candidato, a campanha de Bolsonaro determinou o cancelamento de todas as agendas públicas de Mourão até o dia da votação do primeiro turno, 7 de outubro. A declaração serviu de munição para os adversários.


Mourão afirmou que, após a polêmica causada por suas declarações, pretende se impor um “silêncio obsequioso”. “Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em silêncio obsequioso. É uma boa linha de ação”, disse ele, que no fim de semana pretende visitar Bolsonaro.


Assessores relataram que o candidato do PSL chegou ao limite de sua paciência com o companheiro de chapa. Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera da facada que levou em Juiz de Fora (MG), no dia 6, Bolsonaro fez questão de mandar para o próprio Mourão o texto que publicaria no Twitter ressaltando que o general ofendeu trabalhadores e demonstrou desconhecer a Constituição. “Siga em frente, Bolsonaro”, respondeu o vice, resignado, por mensagem pelo WhatsApp.


No entorno de Bolsonaro a conclusão foi de que a prioridade era estancar uma crise com potencial de tirar, na reta final do primeiro turno, a liderança nas pesquisas. Para assessores, não havia sentido em poupar o vice da chapa e deixar a campanha naufragar. Segundo assessores, o impacto da declaração de Mourão no núcleo da campanha foi mais forte que o anúncio do economista Paulo Guedes, conselheiro de Bolsonaro, de criar dois impostos nos moldes da extinta CPMF, na semana passada. 


Durante a tarde, até generais próximos de Mourão chegaram a defender em grupos de WhatsApp a possibilidade da retirada do vice da chapa, tamanha a irritação. Bolsonaro acertou com seu vice um encontro assim que ele deixar o hospital. A bronca pública foi fruto de uma máxima conhecida entre a cúpula do PSL de que ninguém deve se meter em conflitos entre o presidenciável e seu vice.


Mourão nunca foi a primeira opção de Bolsonaro para a vice. Em julho, quando o então pré-candidato à Presidência buscava um parceiro de chapa, o general da reserva era considerado apenas um entre vários jogadores que estavam no “banco” como opção para a vaga. Antes de optar por Mourão, Bolsonaro tentou o senador Magno Malta (PR-ES), o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro (PRP) e a professora Janaína Paschoal (PSL). Heleno, a figura que Bolsonaro tem mais apreço no setor militar, estava filiado ao partido de Antony Garotinho, o que dificultou a escolha de seu nome.


O general afirmou que não se sentiu desautorizado. “Não falei o que estão dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento”, disse. Segundo ele, foi “um alerta sobre o custo extra para os empresários e os próprios governos, de um planejamento gerencial necessário para que o 13.º salário seja pago”. “Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil”, disse Mourão. O Estado de São Paulo

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