O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, é um dosinvestigados pela Polícia Federal na 4ª fase da operação Registro Espúrio, deflagrada nesta terça (18), que mira esquemas de corrupção no Ministério do Trabalho. A investigação apura agora possível restituição fraudulenta a sindicatos e centrais sindicais de contribuições recolhidas pelo governo. Segundo a PF, o prejuízo aos cofres públicos seria de R$ 9 milhões.
Entre os investigados, alé,m de cedraz, está o advogado Wiler Soares de Souza. Tiago Cedraz é ligado ao Solidariedade, um dos partidos com influência na pasta. Um sócio dele, Bruno de Carvalho Galiano, e Willer foram presos nesta terça.
Policiais Federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e nove de prisão temporária em Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina. Eles foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Os pedidos de restituição, segundo a PF, eram manipulados pelo grupo com o intuito de adquirir direitos a créditos, conforme também apontou o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. “Os valores eram transferidos da Conta Especial Emprego e Salário, do ministério, para as contas bancárias das entidades, com posterior repasse de um percentual para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema”, informou a PF.
Os investigados são suspeitos de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro. A Operação Registro Espúrio foi desencadeada inicialmente em maio, com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho.