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Brasil permanece na posição 79 no ranking do IDH mundial

 O Brasil  permanece, desde 2015, na 79.ª colocação entre 189 países analisados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD), divulgado sexta-feira (14/9) aponta que o Brasil alcançou a nota 0,759 – isso é apenas 0,001 a mais do que o obtido no ano anterior. A escala vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano. 


O IDH avalia o progresso dos países com base em três dimensões: saúde, educação e renda. Os indicadores brasileiros usados para fazer o trabalho são de 2017. O desempenho brasileiro, estagnado pelo 3º ano consecutivo, é bem diferente do apresentado entre 2012 e 2014, período em que o País avançou 6 colocações na classificação.


O 1º colocado no ranking preparado pelo PNUD foi a Noruega, que apresentou indicador 0,953. Em seguida, vem a Suíça, com 0,944 e Austrália, com 0,939. Niger, país localizado na África e com 20 milçhões de habitantes, é o último colocado com IDH de 0,354.  


Com a pontuação obtida, o Brasil continua no grupo classificado como de Alto Desenvolvimento Humano. Além do Brasil, outros 60 países mantiveram sua colocação no ranking. Na América do Sul,  Argentina, Chile e Suriname. De todo o grupo, 34 países subiram no ranking e 94 tiveram queda na colocação. Na América do Sul, apenas o Uruguai melhorou sua posição do ranking, passando de 56º para 55º.


Um dos indicadores responsáveis pela manutenção do posto do Brasil no ranking foi a saúde. A esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 75,7 anos, um indicador que ano a ano vem apresentando melhoras. Em 2015, por exemplo, era de 75,3. A área de conhecimento, por sua vez, apresenta poucas alterações.


 


 


 


 


00:0001:19Media Quality360PMobile PresetIDH aponta estagnação do País, pelo terceiro ano consecutivo


Desde 2015, a expectativa de anos de escolaridade para uma criança que entra no ensino em idade escolar permanece inalterada na marca  de 15,4.  A média de anos de estudo teve uma leve ampliação, de 7,6 para 7,8 no período 2015-2017. A renda, por outro lado, apresenta uma queda importante quando comparada com 2015. Naquele ano, a renda nacional per capita era de 14,350 ppp, caiu para 13,730 em 2016 e agora teve uma leve recuperação: 13,755 ppp. O IDH não usa a conversão real do dólar, mas o quanto se pode comprar com ele, chamado de paridade do poder de compra (PPP, em inglês).


Dados do PNUD mostram que o desemprego no Brasil entre população jovem é o maior da América do Sul: 30,5%. Dos jovens com idade entre 15 e 24 anos, 24,8% não trabalham e não estudam. No Uruguai, a marca é de 18,7% e na Argentina, 19,7%.


Brasil perde 17 posições se desigualdade for considerada


O Brasil perde 17 posições na classificação do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento quando a desigualdade é levada em consideração.  O cálculo considera as diferenças entre os mais e menos abastados. A queda é a mesma que a apresentada pela África do Sul e menor apenas que a sofrida pelo arquipélago Comores, de 18 colocações. Se for considerado o coeficiente de Gini, que mede a concentração de renda, o Brasil é o 9º mais desigual.


As diferenças são constatadas na renda e também no gênero. O IDH dos homens brasileiros é de 0,761 enquanto o das mulheres é de 0,755. Embora mulheres tenham maior expectativa de vida e indicadores melhores na área de conhecimento, elas ganham 42,7% menos do que homens. O trabalho mostra que mulheres no Brasil recebem 10.073 ppp enquanto homens, 17.566.


 A disparidade de renda está presente em vários países. No Uruguai, por exemplo, a renda média das mulheres é de 15.282 ppp, enquanto homens é de 24.905. Mas, no caso desse país, a diferença dos demais indicadores é tamanha em favor da mulher que o IDH geral é superior para o grupo feminino: 0,087 ante 0.796 para o grupo masculino.


Procurado, o Planalto informou que manifestações seriam feitas apenas por ministérios. O Ministério da Educação (MEC) afirmou não conhecer os resultados e que, portanto, não teria condições de fazer avaliações.  


Já o Ministério da Saúde argumentou que a mortalidade materna caiu 57% entre 1990 e 2015, passando de 143 para 62 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos. A pasta admitiu que os indicadores voltaram a aumentar em 2016, mas, argumenta, o acréscimo não foi significativo. Os números apresentados pelo ministério são ainda superiores àqueles usados pelo PNUD para fazer o IDH.

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