O candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, e sua coordenação de campanha foram alertados pela Polícia Federal, antes do atentado em Juiz de Fora (MG), de que não era possível fazer sua segurança em atos de campanha como o do dia 6, quando o presidenciável se lançou à multidão e foi atacado com uma faca.
Golpeado na região do abdome na tarde desta quinta-feira, 6, enquanto fazia campanha em Juiz de Fora, Bolsonaro foi atendido na Santa Casa da cidade, onde passou por uma cirurgia. Ele foi transferido na manhã de sexta-feira para São Paulo, onde ficará internado no Hospital Israelista Albert Einstein, no Morumbi, a pedido da família. O estado de saúde dele é considerado grave, mas estável.
A informação é do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. "Já havia sido conversado com a campanha de Bolsonaro que ficava muito difícil de fazer a segurança quando ele se lançava na multidão. Aquela situação (do atentado) não tinha nenhum controle. Foi chamada atenção do Bolsonaro e de outros candidatos que não dava para fazer a segurança nessas condições. Avisamos as famílias dos candidatos que têm que seguir o protocolo da PF", afirmou.
Segundo disse o ministro nesta sexta-feira (7/9) a PF disponibilizou o maior número de agentes para a segurança de Bolsonaro na campanha. Ele teria um efetivo de 21 policiais federais à disposição e, no momento do atentado em Juiz de Fora, 13 policiais estavam com ele. Por conta disso, o ministro da Segurança Pública contou que fará uma reunião, neste sábado(8), com as coordenações de campanha de todos os candidatos para tratar da segurança dos presidenciáveis.
Para isso, o efetivo da PF destinado à segurança dos candidatos à Presidência será ampliado em 60%. 80 policiais foram destacados para acompanhar, além de Bolsonaro, os candidatos Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Álvaro Dias. De acordo com o ministro, o número de policiais destinado a cada campanha varia de acordo com a análise de risco feita pela corporação - Bolsonaro é o candidato com maior efetivo.