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Brasil deixa queimar seu maior e mais importante museu científico


Incêndio começou por volta das 19h de domingo

Museu de 200 anos tinha mais de 20 milhões de itens

O Museu Nacional, a mais antiga instituição científica brasileira e o museu mais antigo do país, foi destruído por um incêndio de grandes proporções na noite de domingo (2/9).  O incêndio  começou por volta de 19h30, quando o prédio histórico, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, já havia sido fechado para o público. Segundo o Corpo de Bombeiros não há notícias de feridos. Havia apenas 4 vigilantes no local no momento em que o fogo começou e eles conseguiram escapar.


Os bombeiros  não conseguiram realizar de forma eficiente o trabalho de combate  ao incêndio e o prédio, que não possuia sistema  de combate  a incêndio eficiente,  foi  quase que totalmente destruído.  "Não vai sobrar absolutamente nada do Museu Nacional", afirmou o vice-diretor da instituição, Luiz Fernando Dias Duarte.  Na porta do local, professores, alunos e pesquisadores choram enquanto presenciam a destruição.


O prédio foi criado por D. João VI e completou 200 anos em 2018. O edifício é tombado pelo patrimônio histórico e foi residência da família Real e Imperial brasileira. Sua estrutura é de madeira, o que permite que as chamas se espalhem com mais facilidade. O prédio também sofria com a falta de manutenção, como cupins que corroíam a estrutura e queda de reboco. Em fevereiro deste ano, Alexander Kellner, diretor do museu, reclamou da falta de verba para a manutenção do local. "Felizmente essas pragas [morcegos e gambás] não têm aparecido no acervo, mas ainda podem ser vistas nas áreas comuns. O maior problema são as goteiras. Ficamos preocupados quando cai uma tempestade porque só temos verbas para medidas paliativas de prevenção."


O acervo do museu é composto por cerca de 20 milhões de itens. Entre os destaques estão a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I; o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizado de "Luzia", com cerca de 11.000 anos; um diário da Imperatriz Leopoldina; um trono do Reino de Daomé, dado ao Príncipe Regente D. João VI, em 1811; o maior e mais importante acervo indígena e uma das bibliotecas de antropologia mais ricas do país.


A instituição, ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vinha sofrendo com os cortes orçamentários há pelo menos três anos. Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da universidade, que atuam no museu, chegaram a criar memes em que mostravam fósseis à espera de verba, ironizando os cortes, quando, na época, a previsão era a de que só se receberia 25% do Orçamento previsto para pesquisa no ano.

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