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Brasil é o 2º maior plantador de transgênicos do mundo

Quase 100% da produção brasileira de soja, milho e algodão é transgênica. Com 53 milhões de hectares plantados, uma área equivalente a duas vezes o Estado de São Paulo, produção  representa 92% da soja, 87% do milho e 94% do algodão. Essa produção rendeu aos produtores um lucro acumulado de R$ 35,8 bilhões em 20 anos. Os transgênicos foram responsáveis por um incremento de 55,4 milhões de toneladas na produção brasileira de grãos desde 1998.


Segundo os produtores, conta fica ainda maior  com os benefícios dos transgênicos para a economia brasileira como um todo.  Aliado a produção o aumento no comércio de máquinas e insumos agrícolas e tecnologia no campo setor chega a R$ 45,3 bilhões.


Quase todos os 76 produtos transgênicos aprovados até agora para uso agrícola no Brasil são plantas geneticamente modificadas para serem resistentes a herbicidas e/ou insetos, facilitando o manejo e melhorando o controle de pragas nas lavouras.


Os transgênicos estão presentes em 24 países, com uma área plantada total de aproximadamente 190 milhões de hectares (do tamanho do México), segundo o último relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA). O Brasil é o 2º país com maior área cultivada, atrás dos Estados Unidos à frente da Argentina.


Tudo isso, sem nenhum registro de malefício à saúde humana ou ao m


Quando começou a ser plantada a  soja transgênica Roundup Ready (RR), da Monsanto, mesmo aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), em setembro de 1998,  recebeu fortes críticas de entidades ambientalistas e de defesa do consumidor. Duas décadas depois as  entidades que questionavam a segurança dos transgênicos na década de 1990 continuam céticas com relação à tecnologia. “É tudo ainda muito obscuro”, diz a nutricionista Ana Paula Bortoletto, pesquisadora em alimentos no Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), em São Paulo. “Há muitos interesses comerciais se sobrepondo aos reais fatores de segurança.”


“Nossa posição se mantém; somos contrários à maneira como esse tema é tratado no Brasil”, diz Marina Lacôrte, especialista do Greenpeace em Agricultura e Alimentação. Segundo ela, há muitos conflitos de interesse envolvidos — inclusive nas decisões da CTNBio —, e as autorizações são dadas “sem a devida responsabilidade”. “A CTNBio não produz ciência, apenas avalia estudos produzidos pelos próprios interessados na liberação dos produtos”, diz. Rubens Nodari, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina, diz que o uso de agrotóxicos aumentou no País nos últimos 20 anos, e que os transgênicos reduziram a diversidade genética de plantas no campo, acentuando um modelo de produção baseado em monoculturas de larga escala, que aumenta a vulnerabilidade das lavouras. “A manutenção da diversidade genética é crucial”, diz.

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