O acidente com a lancha Cavalo Marinho I na Baía de Todos-os-Santos, que provocou a morte de 19 pessoas e deixou outras ferisdas completa neste 24 de agosto 1 ano sem solução e sentimento de impunidade pelas vítimas e seus parentes. Nesta sexta-feira (24), 11 entidades realizam uma ação para marcar os 12 meses do acidente e cobrar providências acerca das más condições do serviço prestado pelas lanchas que realizam a tradicional travessia entra a capital e Mar Grande.
A embarcação fora das especificações de segurança, como comprovou perícia da Marinha, fazia o trajeto entre o Terminal Hidroviário de Vera Cruz, em Mar Grande, em direção a Salvador, quando aconteceu o acidente.
Um ano depois o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Polícia Civil, responsáveis pelo inquérito que apura as causas e responsabilidades da tragédia não apresentou respostas efetivas à comunidade baiana. Em abril, a polícia afirmou ter concluído as apurações e as enviou ao MP-BA para que novas providências fossem tomadas. O dossiê foi devolvido à delegacia de Itaparica. O promotor responsável pelo caso pediu outras diligências. Nesta semana, o caso voltou ao Ministério Público.
Enquanto isso, o proprietário da CL Transportes Marítimos, Lívio Galvão, o comandante e o técnico da embarcação, além da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) e da Marinha do Brasil, foram indiciados como responsáveis pelo episódio, mas não reembolsaram as famílias e vítimas em um centavo.