A Bahia aparece em 16º lugar no ranking dos 26 estados brasileiros eficientes. É o que mostra o Ranking de Eficiência dos Estados (REE-F) realizado pelo jornal Folha de São Paulo a partir de 17 variáveis agrupadas em 6 componentes. Estado recebeu nota 0,36 e ficou na faixa dos 8 classificados como 'pouco eficientes' com pontuação abaixo de 0,50 e até 0,34. Ferramenta avalia os gastos públicos de forma mais eficiente nas áreas de educação, saúde, infraestrutura e segurança à população.
Santa Catarina, com nota 0,63, é o melhor posicionado. São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo, completam a lista dos 'eficientes' com nota acima do 0,50. Outros 6 mostram 'alguma eficiência' no uso de seus recursos, enquanto os demais 15 podem ser considerados 'pouco eficientes' ou 'ineficientes'.
Aparecem mais bem posicionados os estados que gastam menos, por exemplo, para ter mais jovens na escola, médicos e leitos em hospitais, redes de água e esgoto, melhores rodovias e menores índices de violência.
A partir do cruzamento com a atividade econômica dos estados, o REE-F mostra que aqueles que mantêm ou que ampliaram sua base industrial e de serviços na composição do PIB (Produto Interno Bruto), com impacto positivo na arrecadação de impostos, tendem a ser mais eficientes. Já os que têm a agricultura, a administração pública e os repasses da União como principais fontes de receita se saem pior.
Além de mostrar correlação com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, o REE-F revela que altas taxas de mortalidade infantil e homicídios são os sinais mais fortes da ineficiência de um estado. E que aqueles que possuem receita per capita maior não são necessariamente os com melhor desempenho.
O trabalho traz ainda um amplo panorama das dificuldades dos estados, com a queda na receita e investimentos na crise econômica, e a explosão das despesas com o aumento do funcionalismo ativo e inativo.