A aliança de 8 partidos do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), sendo 5 do chamado centrão, formado pelo DEM, PP, SD, PR e PRB, mais os também aliados PTB, PSD e PPS ainda não se reflete em apoio desses partidos nos estados. Entre os oito partidos aliados ao tucano, o DEM é o mais fiel e estará em palanques que apoiam Alckmin em 22 estados. Mas terá dissidências em estados importantes como Maranhão, Ceará e Paraíba.
O mais infiel é o PR, que subirá em palanques do presidenciável tucano apenas em nove estados. O partido também é o que tem a rede de aliados mais elástica: dividirá palanques que apoiam Lula na Bahia, Pernambuco e Alagoas e estará nos que apoiam Bolsonaro no Espírito Santo e no Amapá.
O Nordeste é a região onde há maior infidelidade dos aliados de Alckmin. Somente na Bahia, PSD, PP e PR firmaram aliança com o governador Rui Costa (PT), candidato à reeleição, e vão apoiar a candidatura do ex-presidente Lula ou de Fernando Haddad, caso o ex-prefeito de São Paulo venha assumir a candidatura petista. “O nosso partido teve bom senso em aceitar nossa decisão. Estamos nesta aliança [com o PT] desde 2010 e decidimos juntos apoiar o ex-presidente Lula”, afirma o senador Otto Alencar (PSD-BA).
Já no Maranhão e no Ceará, todos os cinco partidos do centrão apoiaram, respectivamente, Flávio Dino (PCdoB) e Camilo Santana (PT).
O caso mais emblemático, contudo, é o do Piauí. O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e responsável pela costura do apoio de seu partido a Alckmin, se aliou ao governador Wellington Dias (PT) e diz que votará para presidente no candidato petista.
Até mesmo o cantor e ex-deputado federal Frank Aguiar (PRB), que disputará o Senado em chapa adversária ao PT do Piauí, não apoiará Alckmin: “Minha intenção pessoal é votar no Lula por tudo que ele fez pelo país”.
Também há os casos em que rivalidades regionais jogaram aliados de Alckmin no palanque de outros presidenciáveis. Adversário dos tucanos em Goiás, o senador Ronaldo Caiado (DEM), que concorre ao governo do estado, formou uma aliança de 13 partidos, que vai de Ciro a Bolsonaro, passando por Alvaro Dias. E promete abrir seu palanque a todos eles. Com informações do jornal Folha de São Paulo