Cerca de 4,8 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego no país. De acordo com números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao 2º trimestre (abril/junho) de 2018 a baixa perspectiva de se conseguir uma vaga e a longa fila de espera fez o Brasil alcançar o recorde de desalentados. Desalento é o termo utilizado para designar a situação de quem está em idade ativa e em condições de trabalhar, mas por questões diversas não busca emprego.

Com  2,9 milhões de pessoas, o Nordeste corresponde a 44,17% do total de brasileiros nesta condição. O Sudeste, região mais populosa do Brasil, aparece em segundo lugar, com 1 milhão de desalentados (23,52% do total. O Norte tem  12,5 %, o Centro-Oeste tem 4,76 %, e o Sul, por sua vez, concentra o menor contingente com 194 mil pessoas (4%). 

Dentre os estados com maior número desalentados, a Bahia se destaca com quase 600 mil pessoas nesta situação. Número equivale a 20% do total de pessoas em condição de desalento no Nordeste. O número supera, e muito, o de São Paulo (384 mil) e de Minas Gerais (296 mil), estados com as maiores populações do país.

Ainda de acordo com a pesquisa, falta trabalho para 27,6 milhões de brasileiros e 3,16 milhões de desempregados buscam trabalho há mais de 2 anos. No 2º trimestre de 2014, havia no mercado de trabalho brasileiro 1,5 milhão de desalentados. De acordo com o IBGE, foi o menor número de pessoas nesta condição desde 2012, quando tem início a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Conforme o levantamento, desde o início da crise econômica, em 2014, o contingente de pessoas buscando emprego há mais de dois anos cresceu 162%.