Busca:

  Notícia
 
Aumenta a presença de negros e pardos nas classes A e B


Rachel Maia, ex-presidente de empresa, é um dos exemplos dessa ascensão

Embora tenham encolhido em 2017, as classes A e B receberam 464 mil pessoas que se declaram pretas e pardas.  Os números baseados na Pnad Contínua anual, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são de 2017 e mostram  um movimento em direção oposta, quando cerca de 800 mil pessoas deixaram as classes mais altas. 


Outro segmento da pirâmide social que mostrou  mudança foi a classe E que ganhou 1,5 milhão de pessoas, uma alta de quase 9%. São consideradas famílias da classe A aquelas com renda média mensal total acima de R$ 14.200 e as de classe B, entre R$ 4.000 e o valor mais alto. Já famílias de classe E têm renda mensal total de até R$ 714.


A trajetória de pretos e pardos surpreende duplamente, não só porque se deu em um ambiente de crise e redução de cargos de remuneração mais alta, mas também porque é o único recorte positivo entre todas as classes de renda, de 2016 para 2017. O avanço de pretos e pardos foi de 5,4% na classe A e de 1,2% na B, aponta levantamento feito para a Folha por Cosmo Donato, economista da LCA Consultores. No geral, a classe A retraiu 2,7% e a classe B, 0,7%.


Para especialistas, o número cada vez maior de pessoas que se reconhecem como pretas ou pardas explica boa parte do crescimento dessa população nas classes mais altas. Isso, porém, não é tudo. Embora se avalie que ainda é cedo para dizer que a dinâmica positiva resulta das políticas oficiais de cotas, há o diagnóstico de que, aos poucos, as empresas buscam democratizar seus ambientes com ações afirmativas —algo que as políticas de cotas devem reforçar mais à frente. "Não tenho dúvida de que há um olhar mais inclusivo, embora não seja possível dizer que a mudança para valer já ocorreu", diz Rachel Maia, uma das pouquíssimas negras a alcançar a presidência de uma empresa, no caso a da joalheria Pandora, cargo que deixou há cerca de 2 meses.


Para José Vicente, reitor da faculdade Zumbi dos Palmares, a pequena, embora significativa alta da parcela de negros nas classes mais altas em 2017, deriva da maior visibilidade desses indivíduos em todos os espaço sociais, mais do que do acúmulo econômico a partir das políticas de cotas. "Mas isso deverá ocorrer nos próximos anos. Há toda uma nova geração saindo da universidade e se posicionando", diz Vicente. Com informações da Folha de São Paulo

Mais Notícias

Os brasileiros estão se casando cada vez mais velhos
Alves inicia rotina de visitas à Justiça após liberdade provisória
Bahia lidera no Nordeste com 6.249 postos com carteira assinada em fevereiro
Nova pesquisa mostra vantagem de Bruno na disputa em Salvador
BYD tem lucro de 80% e aumento de 62% nas vendas em 2023
Maduro acusa Lula de seguir orientação dos Estados Unidos
Imagem do Supremo melhora, diz pesquisa do Datafolha
Colunistas Diego Copque
Colunistas Waldeck Ornélas
Mortalidade por câncer de mama aumenta 86,2% em 22 anos no Brasil


inicio   |   quem somos   |   gente   |   cordel   |   política e políticos   |   entrevista   |   eventos & agenda cultural   |   colunistas   |   fale conosco

©2024 Todos Direitos Reservados - Camaçari Agora - Desenvolvimento: EL