Os gastos do governo federal com pagamentos indevidos a funcionários dos 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) soma R$ 730,6 milhões por ano aos cofres da União. Os resultado estão numa auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) que identificou pagamentos irregulares a 12.658 servidores. O prejuízo aos cofres públicos pode ser ainda maior, pois, entre 2015 e 2017, os casos sob suspeita à espera de análise interna na corte chegam a 15.752.
Os técnicos da corte de fiscalização do TCM apontaram 21 tipos de irregularidades. Entre os casos estão pagamento para pensionistas mortos, aposentados por invalidez com vínculos empregatícios, servidores em outros cargos que não podem ser acumulados e funcionários sócios-gerentes ou administradores de empresas privadas. A auditoria do TCU, ainda em andamento, analisou dados de 652 órgãos federais. Em 287 foram detectados indícios de irregularidades (44%). O tribunal não divulga o número de ocorrências por unidade nem as informações dos servidores.
Os fiscais fizeram um pente-fino informatizado nas folhas de pagamento de março de 2017. Naquele mês, 4,4 milhões de servidores federais ativos e inativos, além de pensionistas custaram R$ 22,2 bilhões.
Os gestores dos órgãos responsáveis pelos pagamentos indevidos são acionados pelos fiscais do TCU e devem prestar informações a fim de regularizá-las com o corte dos benefícios irregulares.
Administração direta, autarquias e fundações do Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público da União, Tribunal de Contas da União, Banco Central, Forças Armadas (apenas os militares), e empresas públicas: Banco do Nordeste, BNDES, Caixa, Correios, Eletrobras e Petrobras. Com informações da Folha de São Paulo