O controle da Máquina de Vendas, fruto da união das bandeiras Ricardo Eletro e Insinuante, e considerada uma das maiores varejistas de eletrodomésticos do país, vai mudar de dono. Engolida pela recessão dos últimos anos, vai entregar 70% de seu capital para a Starboard, em troca de um aporte de recursos que somará R$ 500 milhões.
A Starboard foi criado há um ano e oito meses por executivos que trabalhavam com reestruturação de empresas na Brasil Plural. Tem como sócio, com fatia de 20%, o fundo americano Apollo Global. A imprensa dos Estados Unidos destaca a atuação do Apollo como um "fundo abutre" (vulture fund), que entra em empresas debilitadas, injeta recursos na operação, arruma a casa e vende com lucro no menor prazo possível.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, metade disso vai para o caixa da empresa. A outra parte irá para renegociação e alongamento de prazo das dívidas da varejista com fornecedores estimada em R$ 1 bilhão. Assim, a empresa deverá conseguir retomar o crédito e voltar a colocar produtos para a venda nas lojas. O fechamento do negócio depende da homologação de plano de recuperação extrajudicial, que será protocolado na semana que vem.
Nos últimos anos, a Máquina de Vendas passou por reestruturação e enxugou seu porte. Reduziu o quadro de funcionários de 24 mil para 14 mil e, das 1.050 lojas, fechou 393.