Depois de perder o apoio do PSB por pressão do PT e ficar isolado politicamente, o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, reagiu. Para ele, o partido estaria “ensaiando uma valsa na beira do abismo” ao insistir na pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda segundo o ex-governador do Ceará e ex-ministro de Lula, a burocracia do PT não está pensando no país e "virou religião".
"O PT entrou numa que eu tenho que respeitar, tenho que ter paciência. Mas, francamente, eu não sei o que eu fiz para merecer esse tipo de conduta, de desapreço e de hostilidade. Porque, se nós olharmos, eu até pago um certo preço, eu apoiei Lula todos os dias sem faltar nenhum ao longo dos últimos 16 anos", afirmou o presidenciável em enrevista ao programa Globonews.
Ciro também criticou João Pedro, líder do MST pela greve de fome. Ato que chamou de romaria, mostra na sua opinião que essa prática "é caudilhismo do mais barato possível".
O presidenciável disse ainda não saber o que fez para merecer essa “hostilidade” do PT. lembra que apoiou Lula todos os dias, sem faltar nenhum, ao longo de 16 anos. Ciro reconheceu que a perda do PSB é um “revés”, mas disse que não foi comunicado oficialmente da decisão e que ainda tem expectativa de revertê-la:
O pré-candidato do PDT disse que negociou o apoio do “blocão” porque é candidato a presidente da República, e não “a madre superiora do convento”, e que precisará desses partidos para governar, se for eleito. O grupo, que acabou fechando acordo com Geraldo Alckmin (PSDB), reúne partidos acusados de corrupção e com pecha de fisiológicos
Questionado sobre a explosão de violência e a guerra de facções no Ceará, o presidenciável do PDT criticou a política de segurança implantada por seu irmão, o ex-governador Cid Gomes se mostrou frustrado com o que está acontecendo no Ceará. Lembrou que esse tempo começa ainda no governo do seu irmão. Diz que o efetiuvo da PM aumentou quase 3 vezes, além da renovação das estruturas de presídio e delegacias. Ainda segundo Ciro, com o surgimento de uma facção criminosa nas o que ele chama de "flor do lodo", uma fração de milícias na Polícia Militar. O resultado é que hoje tem soldado vereador, cabo deputado federal, protegendo as milícias da polícia.