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Lava Jato já recuperou cerca de R$ 13 bi desviados da Petrobras


Somam cerca de R$ 13,4 bilhões os valores desviados  e recuperados pela operação Lava Jato. Ainda não é certo o montante desviado pela corrupção na Petrobras. Procuradores da força-tarefa já estimaram o rombo pode somar R$ 20 bilhões. Quatro anos depois, as cifras previstas nos 194 acordos de colaboração premiada firmados pelo Ministério Público em Curitiba, Rio e Brasília chegam a R$ 2,6 bilhões. Somados os valores previstos nos acordos de leniência (R$ 10,8 bilhões), o total a ser recuperado pela operação atinge a marca de R$ 13,4 bilhões.


Em laudo de 2015, no entanto, peritos da Polícia Federal estipularam que os desvios estão na faixa de R$ 6,4 bilhões a R$ 42,8 bilhões, trabalhando com uma margem de 3% a 20% para a majoração excessiva das margens de lucros das contratantes. No documento, os peritos afirmam que muitos dos contratos foram fechados em percentuais próximos do valor de 20% acima das estimativas de referência da Petrobras.


Sendo assim, o montante recuperado pela Lava Jato já chega a cerca de um terço do valor máximo desviado na estatal, segundo os cálculos da PF. A quantia, de acordo com especialistas consultados pela Folha, é bastante representativa. "É um número extraordinário, muito alto", diz Celso Vilardi, professor da pós-graduação em Direito Penal Econômico da Fundação Getulio Vargas. "A recuperação de valores no Brasil era muito difícil." Vilardi ressalta que a restituição dos valores está mais atrelada aos acordos de leniência, ainda que, muitas vezes, as colaborações premiadas impulsionem a empresa a fazer sua própria negociação.


Dados fornecidos pelo Ministério Público Federal no Paraná mostram um pico de colaborações premiadas em 2016. Em 2014, foram firmadas 12 delações em Curitiba e Brasília. Depois de Paulo Roberto Costa, foi a vez do doleiro Alberto Youssef. As delações dos dois são encaradas como complementares —enquanto o ex-diretor expôs os meandros da corrupção na Petrobras, Youssef explicou como acontecia a lavagem do dinheiro.


O doleiro é, por sinal, veterano nos acordos de colaboração. Ele já havia firmado delação no caso Banestado, investigação de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que remeteu bilhões de reais ao exterior. Youssef, no entanto, descumpriu os termos do acordo ao persistir em práticas criminosas.


Em 2015, 33 acordos foram firmados pelo MPF. Entre eles, o do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No ano seguinte, o número pulou para 108, recuando para 18 em 2017. O pico de 2016 pode ser explicado pelas 77 colaborações firmadas no fim do ano com executivos da Odebrecht, incluindo Emílio e Marcelo Odebrecht. Conhecida como a delação do fim do mundo, gerou 83 inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) contra 108 autoridades com foro privilegiado.


Nos sete primeiros meses de 2018, foram apenas quatro acordos. Há ainda a colaboração premiada firmada pela Polícia Federal —contra a vontade do Ministério Público— com o ex-ministro Antonio Palocci, figura chave dos governos Lula e Dilma. Com informações da Folha de São Paulo

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