O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), aperece como beneficiário de uma conta que movimenta cerca de R$ 100 mil. De acordo com a denúncia é da revista Crusoé, que traz na sua nova edição, postada nesta sexta-feira (27/7), uma reportagem com o título 'A mesada de Toffoli', o dinheiro é repassado pela sua esposa, Roberta Rangel, sócia de um escritorio de advocacia.
Segundo a revista, as transferências para conta de Toffoli no banco Mercantil do Brasil, instituição financeira com sede em Minas Gerais apresentam indícios de irregularidades. A conta conjunta entre Toffoli, que recebe R$ 33 mil como ministro do STF, e a esposa, foi aberta em 2015 e acumulou nesse período acumula depósitos de R$ 4,5 milhões.
A reportagem da revista apurou que os depósitos são feitos por Roberta e os recursos vem de uma conta dela no banco Itau. A movimentação, ainda segundo a publicação, prova que o ministro se beneficia desses recursos. Cerca de R$ 50 mil são transferidos para a ex-mulher de Tiffoli, Monica Ortega, ex-funcionária da casa civil do governo Lula. Reforçam esses indícios de participação do ministro a administração da conta ser feita por um funcionário subalterno a Toffoli no STF, Roberto Newman Oliveira, servidor de carreira do banco do Brasil, mas trabalhando com Toffoli há pelo menos 10 anos.
A Crusoé também apurou que a relação do banco Mercatil com Toffoli é antiga. Ele já foi advogado do banco e até contraiu emprestimo de R$ 900 mil com prestações mensais de quase R$ 14 mil e prazo de pagamento de 15 anos, que representou um comprometimento de 75% dos R$ 18 mil que Toffoli recebia como salário em 2011. Ainda segundo a Crusoé, as taxas de juros foram de 1,3% ao mês, contra 2,6% da taxa que o vanco costumava cobrar no mesmo período.