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Tite vive momento de tensão com desempenho mediano da seleção


Pela primeira vez desde que assumiu a seleção brasileira, há cerca de dois anos, o técnico Tite está tendo de conviver com a tensão. A estreia do Brasil na Copa do Mundo com futebol abaixo do esperado, o esquema de jogo que não funcionou, as incertezas sobre Neymar e a necessidade de vencer a Costa Rica nesta sexta-feira (22/6) fazem com que o treinador experimente o primeiro momento real de desconforto no cargo.


No jogo contra a Suíça, o semblante fechado de Tite no segundo tempo e até mesmo o olhar quase passivo nos minutos finais de partida para um time que não conseguia se impor em campo eram a antítese do técnico que, nos últimos 21 meses, praticamente só conheceu vitórias à frente da seleção.


Depois daquele jogo, Tite não escondeu que esperava melhor rendimento do Brasil. “Essa seleção tem condição de produzir mais e de forma equilibrada. Ela sentiu emocionalmente o gol (que sofreu)”, comentou. “As finalizações precisam ser mais precisas, mais frias. Claro que a minha expectativa era de vitória. Não estou feliz com o resultado (1 a 1).”


Ao longo da semana, o treinador parecia mais fechado do que o normal nos treinamentos em Sochi, cidade escolhida pelo Brasil na Rússia. Tite manteve o hábito de ficar conduzindo a bola de um lado para outro do campo enquanto os jogadores faziam seu aquecimento, mas inovou ao participar da tradicional roda de bobinho na terça-feira. O comandante jogou poucos minutos – sem ser o bobo em momento algum, claro – e deu sorrisos tímidos. Foi naquela brincadeira que, instantes mais tarde, o atacante Neymar reclamaria de dores no tornozelo direito. E a preocupação de Tite só aumentaria. 


Desde que o atacante voltou a treinar com bola, o técnico sempre trabalhou com a convicção de que teria seu melhor jogador em totais condições a partir do terceiro jogo da Copa do Mundo. Neymar jogou no domingo durante 90 minutos, mas esteve abaixo do que se esperava e apanhou muito além do limite do tolerável: dez faltas. Tite pelo menos sabe que poderá contar com ele na sexta, porém tem a angústia alimentada sobre qual é a condição do atleta. O talento dele é fundamental para acabar com os demônios que rondam a mente do treinador brasileiro.


Tite assumiu a seleção em junho de 2016 com a missão de ser salvador. A equipe estava em sexto nas Eliminatórias e estrearia o novo técnico no confronto fora de casa contra o então líder, o Equador. A expectativa era somente começar bem. Um empate bastaria. A vitória por 3 a 0 abriu caminho para a consolidação do status de que o técnico é, de fato, um salvador da Pátria.


Depois de 22 jogos no cargo, a pressão e a cobrança finalmente chegaram. O futebol que encantou e dominou os adversários nas Eliminatórias deu lugar a uma atuação insegura no primeiro jogo da Copa. Após muito tempo, o treinador começou a conviver com as primeiras críticas e lidar com atuações ruins. Situação inédita.


Um dia antes da estreia na Rússia, em Rostov, Tite reconheceu que estava ansioso para a partida. Usou inclusive uma expressão que lhe é corriqueira, “espantar os fantasminhas” que lhe assombravam para o tão esperado primeiro jogo de uma Copa do Mundo. Desde aquele empate com a Suíça, todos eles (os fantasminhas) voltaram. A equipe preparada e comandada por ele se tornou refém das expectativas altas que criou no povo brasileiro. A torcida havia perdido a fé na seleção após o 7 a 1 sofrido diante da Alemanha e das decepções nos anos seguintes, em duas edições de Copa América. Jornal O Estado de São Paulo

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