O deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) quer uma nova perícia nos R$ 51 milhões apreendidos em setembro do ano passado, pela Polícia Federal em um apartamento, no bairro da Graça, em Salvador. O pedido faz parte da sua estratégia de defesa no Conselho de Ética da Câmara, onde é acusado por suposta quebra de decoro parlamentar por participação no esquema do dinheiro que teve as digitais de seus irmão Geddel identificadas em notas e enbalagens que acondicionavam o dinehiro. O processo aberto em 27 de fevereiro pode levar à cassação do mandato do deputado baiano.
No documento apresentado colegiado, a defesa de Lúcio Vieira Lima pede que a Superintendência da Polícia Federal na Bahia forneça o material utilizado na primeira perícia e realize uma nova avaliação. O dinheiro já foi periciado pela PF, que encontrou as digitais de Geddel.
O deputado do MDB, Geddel e a mãe deles, Marluce Vieira Lima, são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento com o dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, os R$ 51 milhões têm como possíveis origens: propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; desvios de políticos do MDB. Além disso, o deputado é suspeito de ter se apropriado de parte dos salários de dois funcionários do gabinete do parlamentar e de usar servidores para serviços privados.