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Ivan Monteiro assume a Petrobrás com a saída de Pedro Parente


Ao indicar o nome de Ivan Monteiro para a presidência da Petrobrás, no lugar de Pedro parente, o governo tenta dar uma cartada de recuperação da credibilidade da empresa entre os investidores, que enxergam no executivo características exigidas de uma liderança capaz de recuperar as finanças da companhia. Foi o trânsito no mercado financeiro e a aderência às regras de governança da estatal que garantiram a Monteiro a confirmação de seu nome no cargo. A primeira opção com perfil técnico, a diretora de exploração e produção, Solange Guedes, perdeu força na disputa. 


Indicado pelo presidente Michel Temer para ficar em definitivo no cargo, Monteiro terá agora o desafio de afastar o temor de que o governo volte a interferir na gestão da empresa. "A questão é se interferências como essa vão continuar a existir e com que frequência. Como as eleições estão se aproximando, ele terá um mandato tampão. O novo presidente da República vai escolher um presidente para a Petrobrás alinhado com o novo governo. A missão do Ivan vai ser levar a empresa até lá da melhor maneira possível. Vai ser um trabalho duro", afirmou Maurício Canêdo, professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas.


A saída de Pedro Parente do comando da Petrobrás foi motivada pela movimentação do Palácio do Planalto e de lideranças do Congresso para reduzir os preços da gasolina e do gás, depois do congelamento do preço do diesel, e pelo interesse do governo e de parlamentares nos R$ 100 bilhões do leilão dos barris de petróleo excedentes do pré-sal para bancar novos subsídios. 


Parente sabia que a crise não estava no fim e sem solução à frente, apesar do pacote de medidas do governo para acalmar os caminhoneiros, que até agora já custou R$ 13,5 bilhões de recursos do Orçamento. Além do diesel, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, passou a defender publicamente um “colchão” para amortecer os preços de outros combustíveis, como a gasolina, ao consumidor. Pré-candidato ao Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elegeu como prioridade subsidiar o preço do gás de cozinha.


O sinal de que governo buscava alternativas fiscais rápidas para bancar novas medidas – com o temor de que a greve terminasse num processo de convulsão social – ficou evidente para Parente nos últimos dias. Na quarta-feira, ele conversou com Maia por telefone. Uma semana antes, em meio à paralisação dos caminhoneiros, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em entrevista ao Estado, disse que entre Parente e os consumidores, ficaria com os últimos. 


No feriado de Corpus Christi, numa conversa reservada com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em São Paulo, expôs as dificuldades e o caminho que seguiria. Era a prévia dao pedido de demissão, na sexta-feira (1/6) ao presidente Michel Temer, em reunião que durou 20 minutos. 

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