Salvador e cidades da região metropolitana amanheceu sem sistema de transporte por ônibuis. Com a greve dos rodoviários, as vans e veículos comuns ocuparam as ruas e ampliaram o sistema clandestino. Com mais carros nas ruas, o trânsito é lento em algumas vias da capital baiana na manhã desta quarta-feira (23). Av. Luís Viana, no sentido Centro, no Largo da Calçada, Suburbana e Rua Oswaldo Cruz.
No sistema de rodovias BA-093, existem retenções de tráfego no km 12 da Cia-Aeroporto (BA-526) e no km 10 da Via Parafuso (BA-535), e no km 14 da BA-093, sentido Salvador, na altura do entroncamento com Camaçari. O congestionamento nos locais é em virtude do protesto de caminhoneiros.
A Integra, entidade que representa as três concessionárias que operam o Transporte Público de Salvador, culpa os motoristas e cobradores pelo não cumprimento da proposta de colocar 50% da forta nas ruas. A medida foi estabelecida pela liminar da Justiça do Trabalho que autorizou o início da greve dos rodoviários.
Já os rodoviários culpam os empresários de ônibus. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, os trabalhadores esperam que o consórcio indique quais linhas irão operar. "As empresas não fizeram a lista de trabalhadores. Estamos esperando isso pra saber quais são os trabalhadores que vão vir tirar os carros da garagem", pontua Ferreira.
O sistema de micro-ônibus do Sistema de Transporte Complementar (Stec) também não está operando. Muitos veículos foram apedrejados na madrugada desta quarta-feira (23) nos terminais localizados na Avenida Suburbana e na região de Cajazeiras, em Salvador.
A categoria está há quatro meses em campanha salarial e quer 6% de reajuste, aumento de 10% no ticket alimentação, entre outras reivindicações.