A Polícia Federal prendeu 3 ex-executivos da Petrobrás e 3 operadores financeiros, um deles ligado ao MDB. A investigação da Operação Deja Vu, deflagrada na manhã desta terça-feira (8/5), aponta que a Odebrecht pagou propina equivalente a cerca de R$ 200 milhões entre 2010 e 2012 para obter um contrato com a Petrobrás de US$ 825 milhões.
A propina foi paga a funcionários da Petrobrás e a agentes que supostamente representavam políticos vinculados ao então PMDB, que teriam recebido outros US$ 31 milhões através de contas mantidas por operadores financeiros no exterior. Eles se encarregavam de disponibilizar o valor equivalente em moeda nacional, em espécie e no Brasil, ao encarregado pelo recebimento e distribuição do dinheiro aos agentes políticos.
A Deja Vu (sensação de que já se esteve naquele lugar antes) é a 51ª fase da Operação Lava Jato e cumpriu, além dos mandados de prisão, 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Parati, Niterói, Jacuecanga, Petrópolis, Duque de Caxias, Areal e Miguel Pereira, todos no Estado do Rio, Guaratinguetá (SP), e Vitória, no Espírito Santo. Os mandados foram assinados pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba.
De acordo com o Ministério Público Federal, o objeto do contrato era a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde (SMS) para a estatal, em nove países, além do Brasil.
As provas para a deflagração da operação foram obtidas através dos acordos de colaboração premiada e de leniência firmados com o grupo Odebrecht e seus executivos, além de pedidos de cooperação jurídica internacional mantidos com a Suíça e investigações internas da Petrobras.