Busca:

  Notícia
 
Brasil é lanterna na presença feminina no poder político

O Brasil está na lanterna do um ranking de 186 países sobre a representatividade feminina no poder executivo, atrás de todos os outros países do continente americano. Na posição 161, Brasil fica longe da Nova Zelândia, em 1º primeiro lugar no levantamento que analisou a evolução histórica da participação feminina no poder Executivo de 1940. Em seguida vemn o vizinho Chile e Reino Unido, que têm rainha desde os anos 1950.


Na realidade brasileira, o levantamento fez um raio-X dos cargos ocupados por mulheres na esfera federal, estadual e municipal. Em relação às nomeações para cargos do alto escalão, em 10 anos - entre 2005 e 2016 - a participação percentual delas nos ministérios cresceu apenas 4,5%. O número não considera a realidade atual, de apenas uma mulher - Grace Maria Mendonça, da Advocacia-Geral da União - entre os ministros. Enquanto isso, a média mundial de mulheres no primeiro escalão é 18%.

O levantamento foi realizado pelo Projeto Mulheres Inspiradoras, que atua pela participação feminina nos espaços de poder. Para chegar às conclusões, foram cruzados dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ONU e Banco Mundial. A pesquisa apontou, por exemplo, que dos 186 países ranqueados, somente 17 têm mulheres como chefes de governo atualmente. Isso significa que hoje, cerca de 92% da população mundial é governada por homens.

Nas secretarias dos governos estaduais, os homens representam 70% dos secretariados. Para Marlene Machado, diretora-executiva do Projeto Mulheres Inspiradoras, não somente a sociedade precisa estar atenta a esses números, como os partidos políticos precisam tomar providências. “Os partidos precisam ter um olhar diferenciado para esta questão”, diz. “Precisamos ter mulheres no comando, nas executivas dos partidos. As mulheres precisam ter vida partidária”.

O exemplo mais recente do quanto os partidos não estão atentos à disparidade de gênero na política são os números das últimas eleições municipais (2016). Cerca de 68% das cidades sequer tiveram uma candidata à Prefeitura. O reflexo disso é que hoje, a cada dez municípios, somente um é administrado por uma mulher.

No recorte por raça, a disparidade é ainda maior: 61% dos prefeitos eleitos foram homens brancos. Apenas 1,5% homens negros e menos de 1% mulheres negras. Já no ranking por região, o nordeste é a que mais tem presença feminina no poder executivo: 16%, quatro pontos percentuais acima da média nacional. O Rio Grande do Norte é o Estado brasileiro que mais tem mulheres prefeitas.

A região também foi a que, na última eleição presidencial, mais votou nas candidatas à presidência mulheres - naquele ano, 2014, Dilma Rousseff (PT) tentava a reeleição e disputava, além dos candidatos homens, com Marina Silva (Rede) e Luciana Genro (PSOL). Segundo o levantamento, 83% dos votos válidos da região foram para alguma dessas três candidatas. O percentual foi puxado pela petista, que teve pouco mais de 78% dos votos válidos daquela região. Até o momento, entre os pré-candidatos à presidência que já manifestaram suas candidaturas, há apenas duas mulheres, Marina Silva (Rede) e Manuela D’Ávila (PCdoB).

O ranking lembrou também a diferença de tempo entre o direito ao voto conquistado pelos homens e pelas mulheres nos países estudados. Embora não sejam inéditos, os dados são importantes para entender algumas realidades. Na Nova Zelândia, país que tem a maior presença feminina, por mais tempo, no poder Executivo, o direito ao voto foi conquistado quase ao mesmo tempo para homens e mulheres. Em 1889, homens podiam votar e ser votados. Quatro anos depois, em 1893, o mesmo valia para mulheres.

No Chile, segundo colocado no ranking, mulheres e homens puderam votar e ser votados no mesmo ano, em 1970. Já no Brasil, enquanto homens puderam votar e ser votados a partir de 1891, as mulheres só conquistaram este direito em 1932, 41 anos depois. Jornal El País

Mais Notícias

Taxa de desemprego sobe e país tem 8,5 milhões sem trabalho
Brasileiro está preocupado com a geração de empregos no país com liberação de importados
Maioria dos brasileiros não sente segurança nas ruas à noite
Colunistas Paulo Silva
Os brasileiros estão se casando cada vez mais velhos
Alves inicia rotina de visitas à Justiça após liberdade provisória
Bahia lidera no Nordeste com 6.249 postos com carteira assinada em fevereiro
Nova pesquisa mostra vantagem de Bruno na disputa em Salvador
BYD tem lucro de 80% e aumento de 62% nas vendas em 2023
Maduro acusa Lula de seguir orientação dos Estados Unidos


inicio   |   quem somos   |   gente   |   cordel   |   política e políticos   |   entrevista   |   eventos & agenda cultural   |   colunistas   |   fale conosco

©2024 Todos Direitos Reservados - Camaçari Agora - Desenvolvimento: EL