A legalização da maconha no Brasil é uma forma de “quebrar” o faturamento das quadrilhas. Esse é o entendimento do secretário de Segurança Pública da Bahia , Maurício Teles Barbosa, que defende a legalização da droga. Barbosa lembra que a questão do tráfico de drogas deve ser encarada como uma atividade econômica. “Se eu tiro 80% do faturamento da maconha de uma quadrilha, estou deixando de fortalecer a quadrilha em 80%”.
Apesar da posição, o secretário reforçou não ser a favor da droga. “É importante que se diga isso. Eu, Maurício Barbosa, não sou a favor. Mas eu também não sou a favor de que as pessoas continuem morrendo. Policiais continuem morrendo. Os usuários, os dependentes químicos continuem morrendo e não se chegue a uma resolução de absolutamente nada”, pontuou.
Barbosa também se mostra a favor, “com critérios” ao uso de armas pela população. “Sou a favor da liberação do porte de armamento com critérios. É outra utopia. Não sem quem imagina que o estado brasileiro é onipresente na vida das pessoas. Tirar das pessoas o direito básico de defesa. O Estado não é presente e nunca foi. Não é dar arma a todo mundo de forma indiscriminada”, disse. “Não gosto disso ser tratado com tabu no Brasil. Não aceito isso. Vamos trazer para a legalidade. Se o marginal soubesse que pessoas de bem poderiam estar armadas dentro de suas casas para se autodefender, pensaria duas ou três vezes antes de entrar na sua, na minha ou na casa dos outros às 3h da manhã”, completou.