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Facebook terá de explicar vazamento de dados para políticos


Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, admite que cometeu erros

As autoridades europeias e norte-americanas exigem explicações do Facebook sobre a utilização dos dados de 50 milhões de usuários pela consultoria Cambridge Analytica, que assessorou a campanha presidencial de Donald Trump em 2016. Os Parlamentos britânico e europeu convocaram o executivo-chefe da rede social, Mark Zuckerberg, para que preste esclarecimentos, enquanto a Comissão Federal de Comércio dos EUA anunciou a abertura de um inquérito sobre o caso, segundo o próprio Facebook. 


A tempestade política fez com que as ações da maior rede social do mundo voltassem a desabar. 'Nós cometemos erros e ainda há muito o que fazer', disse o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, sobre o uso indevido de dados do Facebook.


O vazamento maciço dos dados de 50 milhões de usuários do Facebook, supostamente obtidos de forma indevida pela Cambridge Analytica para influenciar a campanha eleitoral norte-americana em favor de Donald Trump, está provocando um terremoto político nos dois lados do Atlântico.


No Reino Unido, onde a Comissão Eleitoral britânica mantém uma investigação sobre o possível papel da Cambridge Analytica no resultado do referendo sobre o Brexit, o presidente do comitê de assuntos digitais da Câmara dos Comuns, deputado Damian Collins, convocou na terça-feira (20/3) Zuckerberg para prestar esclarecimentos. 


Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), órgão regulador encarregado da proteção aos consumidores, anunciou na mesma terça-feira que enviará ainda nesta semana uma carta à empresa com perguntas sobre o caso Cambridge Analytica.


Na noite de segunda-feira, novos dados vieram à tona graças a uma reportagem feita com câmera oculta pela emissora britânica Channel 4. Numa série de encontros com altos funcionários de Cambridge Analytica, ocorridos em Londres entre novembro de 2017 e janeiro de 2018, um dos jornalistas do canal se fez passar por um cliente potencial, um “agilizador” que supostamente queria que a consultoria o ajudasse a posicionar seus candidatos numa eleição no Sri Lanka.


Na gravação, ouve-se o presidente da consultoria, o britânico Alexander Nix, falar de métodos para desacreditar rivais que incluíam o suborno (“Oferecer a eles um tratamento bom demais para ser verdade, e garantir que isso é gravado em vídeo”) e a prostituição (“Mandar garotas para a casa do candidato [rival], acho que isso funciona muito bem”). Um representante da Cambridge Analytica disse que os diálogos foram tirados de contexto e que conversas desse tipo são mantidas com potenciais clientes “para tentar perceber qualquer intenção pouco ética ou ilegal”. Logo depois da exibição da reportagem, ainda na noite de segunda-feira, a Cambridge Analytica anunciou que Nix será afastado do seu cargo até que o escândalo seja esclarecido. 


Como saber quais aplicativos têm acesso aos seus dados no Facebook


O vazamento de dados de 50 milhões de usuários norte-americanos do Facebook, usados na campanha eleitoral de Donald Trump em 2016, pôs em apuros a rede social de Mark Zuckerberg. Também expôs as falhas de segurança e privacidade às quais os usuários estão expostos.


Uma investigação feita conjuntamente pelos jornais The New York Times e The Observer afirma que a consultoria Cambridge Analytica fez um mau uso da base de dados do Facebook, à qual teve acesso indevidamente em 2014.


A empresa obteve de forma indireta a informação pessoal dos usuários da rede social através de um psicólogo da Universidade de Cambridge, o russo-americano Aleksandr Kogan. O cientista havia sido autorizado pelo Facebook a solicitar dados de usuários com um aplicativo concebido para uso acadêmico, mas não político. Por isso, o Facebook nega agora a sua responsabilidade por esse vazamento.


O aplicativo acessou os dados pessoais de 270.000 usuários e chegou, de maneira derivada, aos amigos desses usuários, multiplicando seu alcance até os 50 milhões de pessoas.


A Cambridge Analytica acumulou desse modo informações como identidades, localizações e curtidas dos usuários. O que realmente fez com eles, segundo essa investigação jornalística, foi elaborar estratégias eleitorais que ajudaram Donald Trump a se eleger presidente dos EUA.


A seguir, explicamos como saber quais aplicativos têm acesso às nossas informações pessoais. É possível que alguns também estejam recolhendo dados de nossos contatos sem que eles saibam.


Aplicativos que têm acesso aos nossos dados (e como eliminá-los). Quando abrimos um aplicativo, jogo ou site através do Facebook, eles ficam registrados na aba de aplicativos da rede social. Para acessá-la, é preciso entrar na aba “configurações” – no menu da parte superior direita do site, ou inferior direita no aplicativo para celular – e selecionar “aplicativos”.


 


Aparecerá então uma lista com todos os aplicativos e sites que acessamos nos registrando via Facebook. Talvez sejam dezenas. Ao clicar sobre um deles, aparecerá um menu com a informação que estamos compartilhando com seus desenvolvedores. Podemos desativar a maioria dos itens, embora alguns serviços peçam obrigatoriamente alguns dados, e não só a informação básica (foto de perfil, nome, gênero...).


Esses aplicativos também podem ser eliminados. Ao passar o cursor sobre eles, aparecerá um botão com um “x” para apagá-los. Também é possível alterar a privacidade para que só um determinado grupo de usuários (seus amigos, só você ou todo mundo) possa ver o conteúdo que publicamos através desse aplicativo.


Mesmo apagando esses aplicativos, é possível que o desenvolvedor já tenha armazenado alguns dados de nosso perfil, e estes não podem ser eliminados de forma automática. Para que essa informação também desapareça, é preciso entrar em contato com os desenvolvedores do aplicativo ou site e solicitar sua eliminação. 


Como evitar que os aplicativos acessem a nossa informação a partir do perfil de nossos amigos. Conforme já mencionamos, a Cambridge Analytica não só acessou aos dados pessoais dos 270.000 usuários que lhe autorizaram como também chegou aos dados dos amigos desses usuários, multiplicando seu alcance até os 50 milhões de pessoas. Para controlar a informação à qual outros aplicativos têm acesso através de nossos amigos, é preciso ir novamente ao menu dos aplicativos em “configurações” e ali entrar em “aplicativos que outras pessoas usam”.


 


Nesse menu é possível configurar a informação que por default o Facebook entrega a esse tipo de serviço. Podem-se ativar ou desativar todos os itens que julgarmos conveniente. Com informações do Jornal El País

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