O futuro presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, muultiplicou seu patrimônio nos últimos 17 anos, desde que começou a trabalhar como dirigente de federações de futebol. Em 2001, quando assumiu seu primeiro cargo como diretor da FPF (Federação Paulista de Futebol), ele tinha cerca de R$ 570 mil de patrimônio. Após 17 anos, já acumula R$ 8,6 milhões, cerca de 15 vezes a quantia original.
O salto patrimonial aconteceu principalmente a partir de 2012, quando o advogado entrou no Comitê Organizador Local da Copa de 2014. Depois de assumir como diretor de relações institucionais do COL, e também o cargo de diretor executivo de gestão da CBF —posto ocupado por Caboclo desde 2014— adquiriu, entre outros bens, dois apartamentos, que somados custaram R$ 4,5 milhões, um carro BMW (R$ 320 mil) e um veículo da marca Mercedes-Benz (R$ 360 mil). Além disso, tem 16,8% de cinco imóveis adquiridos por R$ 7,2 milhões que estão em nome de uma empresa de sua família, da qual é sócio.
Segundo a CBF, Caboclo ingressou na diretoria da confederação em outubro de 2014, quando José Maria Marin era o presidente e Marco Polo Del Nero o vice. Entre setembro e novembro do mesmo ano, sua empresa arrematou em leilões quatro imóveis, dois em São Paulo e dois em São Bernardo do Campo, por aproximadamente R$ 1,7 milhão.
As compras mais expressivas da empresa foram feitas em julho de 2017, quando adquiriu um prédio e um terreno na zona sul de São Paulo por R$ 5,5 milhões.
Rogério Caboclo conseguiu o apoio da maioria dos presidentes das federações para concorrer ao próximo mandato de presidente da CBF, com a ajuda de Marco Polo Del Nero. Para registrar chapa na eleição da entidade, o candidato tem que ter o apoio de oito federações e cinco clubes. Caboclo já teria acertado com 20 dirigentes, todos a pedidos de Del Nero, o que inviabiliza outra candidatura.