O ex-governador e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Jaques Wagner (PT) negou ter recebido propina no valor de R$ 82 milhões, como acusa a Polícia Federal. Wagner foi indiciado pela PF por participar de um esquema de superfaturamento do contrato de demolição e reconstrução da Arena Fonte Nova quando era governador.
Em pronunciamento feito à imprensa na tarde desta segunda-feira (26/2), ele acusou a PF de não compreender o caso e garantiu nunca ter recebido ou solicitado pagamentos indevidos em sua vida pública. "Minhas afirmações sempre foram muito categóricas, inclusive em eventos públicos. Eu não peço nem autorizo ninguém a pedir qualquer tipo de reciprocidade por obras feitas e assim foi na questão da Fonte Nova, que infelizmente a Polícia Federal está comprando uma versão de que houve superfaturamento. Há uma incompreensão da Polícia Federal como houve do TCE do que é uma PPP e o que é uma obra pública. Em PPP não existe a figura do superfaturamento como está se insistindo em falar", argumentou Wagner.
Wagner criticou a busca e apreensão de objetos e documentos em sua casa. "A busca e apreensão, na minha opinião, foi absolutamente desnecessária", afirmou o secretário. Segundo ele, o inquérito sobre o caso da Fonte Nova teve início em 2013 e ele prestou depoimento no último ano para dar esclarecimentos.
Operação batizada de 'cartão vermelho' também vasculhou as residências e outros endereços ligados ao secretário da Casa Civil do governo Rui Costa e ex-diretor da OAS, Bruno Dauster, e do empresário Carlos Daltro.