O governador rui Costa (PT) considerou estranha a presença da reportagem da TV Bahia em endereços ligados ao ex-governador Jaques Wagner, na manhã desta segunda-feira (26/2), durante o cumprimento das buscas e aprensões como parte da operação "cartão vermelho'. Para Rui Costa a presença antes dos demais veículos mostra uma operação midiática para desgastar a imagem do seu secretário de desenvolvimento e pré-candidato ao Senado e nome citado como substituto de Lula na disputa presidencial.
"Até me estranho uma das TVs ter tido acesso privilegiado em relação ao resto da imprensa a essa informação e ter chegado uma hora antes nos locais aonde a polícia chegou pra executar a operação. Então, nitidamente, essa TV teve a informação não sei quantos dias antes. O que mostra que essa é uma operação casada, com uma linha midiática da propaganda negativa no ano eleitoral", disse o governador.
Rui não mencionou o atual secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, que também foi alvo da Cartão Vermelho. Na época, ele era auxiliar da pasta e foi identificado como responsável pelo desenho da parceria público-privada, que se tornou alvo da investigação. De acordo com a PF, parte do montante pago pela Odebrecht foi destinada para a campanha de 2014, que elegeu Rui Costa na Bahia. Mas, de acordo com a corporação, o governador não foi atrelado às irregularidades.
Wagner foi inciado pela PF por corrupção sob acusação de receber R$ 82 milhões da Odebrecht por meio do superfaturamento do contrato de demolição e reconstrução da Arena Fonte Nova.