A Polícia Federal (PF) confirmou nesta segunda-feira (26/2), em entrevista coletiva para a imprensa, que requereu a prisão do ex-governador Jaques Wagner, do secretário da Casa Civil do governo Rui Costa e ex-diretor da OAS, Bruno Dauster, e do empresário Carlos Daltro. O pedido, no entanto, foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF-1). “Nós entendíamos que era necessária a condução. Não havendo a possibilidade de condução, foi pedida a prisão temporária, que foi negada pelo Tribunal Regional Federal”, afirmou um dos delegados responsáveis pela Operação Cartão Vermelho.
Durante busca no paartamento de Wagner, localizado no Corredor da Vitória, zona nobre da capital, a PF apreendeu 5 relógios de luxo, celulares, documentos e um computador. Segundo a Polícia Federal, recebeu R$ 82 milhões em propina e recursos para campanha eleitoral oriundos do contrato da Arena Fonte Nova. A informação é da delegada Luciana Matutino, que apontou a entrega do dinheiro ao petista por prepostos.
Wagner, Dauster e Daltro foram indiciados pela PF no âmbito da Operação Cartão Vermelho, que investiga o superfaturamento na parceria público-privada (PPP) com a Fonte Nova Participações (FNP), deflagrada nesta segunda e que teve como alvos de mandados de busca e apreensão o ex-governador, o secretário da Casa Civil e o empresário.