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Camaçarico 23 de fevereiro 2018


Narciso Candidatíssimo a prefeito de Camaçari nas eleições de 2020, ou vereador, caso os parafusos não se apertem, o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, não perde tempo. Sob o pretexto de festejar as conquistas da categoria, o ‘capa preta’ do PCdoB municipal tem presença cativa em boa parte da mídia local. 


Narciso 2 Outdoors espalhados pela cidade, imagem em destaque na sede do clube de praia da categoria, em Jauá. Completa a campanha paga pelos cofres do sindicato, anúncios na mídia impressa e até spot de rádio, onde usa sua própria voz para apresentar avanços da categoria e posições sobre o atual momento político nacional, como a ‘Reforma da Previdência’. De ponto em ponto, Júlio segue soldando e reforçando sua base  para enfrentar o peso estrutural de uma disputa pelo voto do eleitor camaçariense. 


Narciso 3  Inclinado a apresentar um candidato a deputado estadual na base de Camaçari, o PCdoB deve buscar outro nome. Caso faça opção pelo dirigente do sindicato, terá de mandar o companheiro retirar imediatamente sua presença nas peças do campanha dos metalúrgicos para não cair na lâmina da Lei Eleitoral que pune com multa a prática de propaganda antecipada.


Tintol Parece longe de um desfecho confortável a crise gerada no governo Elinaldo com o pedido de  prisão e afastamento da secretária Juliana Paes, da Sedur. Mesmo com decisão favorável  contra seu afastamento, por falta de provas, no entendimento do juiz, desconforto na base do 'time azul' segue desbotando a aliança de 2016. 


Tintol 2 O mais recente capítulo foi protagonizado pelo vereador Flavio Matos, filho do ex-vereador  e atual subsecretário da Sedur e desafeto da doutora Juliana. Em entrevista, na manhã de quinta-feira (22), ao radialista Roque Santos (Sucesso FM), Flávio Matos não economizou artilharia. Lembrou que a doutora Juliana 'não tomou sol durante a campanha', e que chegou  com o jogo resolvido, só para assumir o cargo.  


Tintol 3 Surpreendendo com o estilo coronelzinho, o vereador Flávio Matos enquadrou a secretária pedindo que ela se restringisse  ao seu trabalho técnico e respeitasse a tradição política da sua família. 'Vá trabalhar. Nós temos um nome nessa cidade. Você precisa fazer o seu, você chegou agora. O emprego que você faz parte, fomos nós do time azul que lhe demos. Faça jus ao seu salário e ao seu emprego", completou.  


Sem saber  A intervenção trapalhona na Cidade do Saber,  no final de janeiro do ano passado, portanto já na gestão do alcaide Antonio Elinaldo (DEM), virou batalha na Justiça e deve render um 'prêmio de loteria' para a ONG Instituto Professor Raimundo Pinheiro (IPRP), gestora do programa de implementação de  ações de arte, cultura, esporte e lazer para a população de Camaçari, desde a criação da Cidade do Saber, em 2007, até março de 2017.. Graças aos descuidos jurídicos no tratamento do caso, o instituto pecador, como  comprovou auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), pode ser  canonizado e  ainda receber cerca de de R$ 10 milhões atualizados.


Sem saber 2  Processo que corre desde janeiro do ano passado contra a intervenção ganhou  decisão favorável, em dezembro de 2017. A juíza de Direito em Regime de Saneamento da 1ª Vara da Fazenda Pública de Camaçari, Maria Marta Góes Rodrigues de Moraes,  julgou improcedentes os argumentos apresentados pela prefeitura, com  base  na Lei  das Licitações (8.666/93), usados para intervir  e abreviar o 'Contrato de Gestão' do programa com o Instituto Professor Raimundo Pinheiro, que terminaria em março, portanto 2 meses depois do pedido. De acordo com decisão da juíza, que cabe recurso,  o pedido de intervenção deveria se basear nas leis  federal e municipal das Organizações  Sociais.


Sem saber 3  Além de perder  a ação  referente a intervenção, o município de Camaçari  foi condenado a pagar ao instituto pouco mais de R$ 8,9 milhões por faturas não pagas desde o ano de 2016, portanto  ainda na gestão do ex-petista e hoje sem partido Ademar Delgado.  A Coluna apurou que  desse montante quase R$ 6 milhões  seriam repasses  devidos  ao instituto e não pagos pelo governo de Delgado, enquanto os cerca de R$ 3 milhões restantes  já  estariam sob a responsabilidade  do  novo governo empossado em janeiro de 2017.


Sem saber 4  Para fechar a conta do 'prêmio de loteria' de R$ 10 milhões, sem atualização, que a ONG Instituto professor Raimundo Pinheiro teria direito a receber, segundo a Justiça, são acrescidos aos R$ 8,9 milhões de repasses para manutenção do programa que  não cumpridos pela prefeitura, outros R$ 800 mil serão destinados ao pagamento do advogado do instituto, e mais R$ 300 mil  que a ONG  terá direito por 'danos morais'. Entendeu a Justiça que o instituto teve sua imagem desgastada durante o processo de intervenção que durou 26 dias. A prefeitura deve recorrer e essa briga, que pode virar até precatório, não acaba antes dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.


Mudez  Debates na Câmara de Camaçari, só depois da festa de Arembepe, em março. Cronograma montado pela atual mesa diretora do Legislativo ocupou as sessões de ontem, quinta-feira (22), e as  próximas, dias  27 e 1º de março com a realização exclisiva de audiências públicas para prestação de contas de secretarias. Depois da pasta da saúde será a vez da finanças e da educação a informarem respectivamente seus feitos no 3º trimestre (outubro/dezembro) de 2017.


Mudez 2  Modelo não impede apenas  palanque da oposição sobre o caso da doutora Juliana. Como toda moeda, o outro lado tranquliza as bancadas governistas e antigovernistas que  não querem saber de debate sobre a acusação do MP que lista 20 vereadores e suplentes no exercício do mandato de montarem um esquema de transferência de recursos públicos usando funcionários dos gabinetes como laranjas. 


Indigesto  Não convidem para a mesma mesa o promotor Everardo Yunes e o juiz Ricardo Dias de Medeiros Netto. A Coluna apurou que depois do equívoco do juiz, o titular da 7ª Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público e Moralidade Administrativa está inconformado com a exposição negativa que recebeu na mídia (Confira). Mesmo amparado pelo Regimento do Ministério Público, Yunes foi desqualificado pelo titular da 1ª Vara Criminal de Camaçari, que se baseou em texto desatualizado sobre a competência da Promotoria para atuação em casos cível e penal.


Indigesto 2  Como mostrou o Camaçari Agora (Confira), Yunes vai em frente com suas ações contra a secretária Juliana Paes, titular da pasta do desenvolvimento urbano e meio ambiente de Camaçari (Sedur), seu marido e servidores da secretaria. Everardo Yunes garante que possui provas robustas sobre a atuação do grupo na comercialização de facilidades para obtenção de licenças de empreendimentos imobiliários no município. É aguardar os próximos capítulos.


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João Leite - joaoleite01@gmail.com (Editor)


23/2/2018

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