As prisões brasileiras têm uma média de 7 presos por agente penitenciário, quando a média ideal para garantir a segurança seria 1 agente para cada 5 reclusos. É o que mostra o Monitor da Violência com base nos dados mais atualizados dos 26 estados e do Distrito Federal. O Brasil possiui 686 mil presos sob a custódia de 97 mil agentes em todo o país.
Na lista dios estados com mais problemas estão Pernambuco lidera com 20 presos por agente. O resultado são 9 agentes mortos, 300 foram feitos reféns e 594 ficaram feridos nos últimos 5 anos. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 21 estados tiveram aumento no número de agentes prisionais no último ano.
Apenas 8 estados do país têm médias que se enquadram na recomendação. São eles: Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. Como é uma média estadual, isso não quer dizer que todas as prisões destes estados têm menos de 5 presos por agente, mas que, no geral, os estados estão dentro do recomendado.
No Tocantins, há uma média de 2,6 presos por agente – a menor do país. São 1.387 agentes para 3.595 presos. O governo informa ainda que há um processo de abertura de 1,2 mil vagas de agentes em 2018, o que deve melhorar ainda mais o índice.
São Paulo, que tem a maior população carcerária do país, com 225,9 mil presos, tem também o maior contingente de agentes, 30,8 mil. Apesar disso, a proporção de presos por agente está acima do recomendado: 7,3.
O Monitor da Violência é resultado de uma parceria do portal G1 com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).