A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer estimular a competição entre operadoras de saúde e fazer com que empregadores negociem melhor o preço e a qualidade do plano ofertado aos funcionários. O custo dos planos no Brasil é crescente e chega a consumir hoje mais de 11% da folha de pagamento das empresas. Os planos empresariais representam hoje 66% do mercado. Em razão da crise econômica e do desemprego, mais de 2,5 milhões de pessoas ficaram sem planos nos últimos dois anos.
As empreses são as que contratam planos os grandes indutores da mudança de modelo assistencial. No Brasil, o empregador não é um ator muito ativo nessa discussão, diz o economista Leandro Fonseca, 43, diretor-presidente substituto da ANS, que está sem o titular desde maio passado. Para Fonseca, o financiamento da saúde é um debate que está faltando no país. Como vamos dar mais saúde à população? Cobrar mais impostos? Ninguém mais aguenta. Pagar mais mensalidade de plano de saúde? Ninguém mais aguenta, afirma.