O assassinato do ex-vice-prefeito de Ourolândia José Roberto Soares Vieira pode ter relação com a Lava Jato. O entendimento é do juiz federal Sérgio Moro, principal responsável pelos processos. “Não se pode excluir a possibilidade de que o homicídio esteja relacionado a esta ação penal, já que, na fase de investigação, o referido acusado aparentemente confessou seus crimes e revelou crimes de outros”, escreveu o magistrado, ao pedir explicações ao Ministério Público Federal (MPF) sobre a morte.
José Roberto foi denunciado na Lava Jato, junto com o ex-diretor da Transpetro José Antônio de Jesus. A Polícia Civil investiga o assassinato diz não descartar nenhuma linha de investigação no caso.
José Roberto foi vice-prefeito de Ourolândia pelo PT 47 anos, foi morto com 9 tiros, na entrada da empresa dele na manhã do último dia 17 de janeiro, em Candeias, cidade da região metropolitana de Salvador.
No final de 2017, Jopsé Roberto foi alvo de denúncia da Operação Lava Jato apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). Na denúncia, o alvo principal foi o ex-gerente da Transpetro (subsidiária da Petrobras), José Antônio de Jesus que está preso e que também havia sido sócio de José Roberto Vieira em uma transportadora. Os dois controlaram a empresa juntos até 2013.
Conforme a denúncia, Jesus e os familiares são suspeitos de negociar o recebimento de R$ 7,5 milhões em propinas pagas por uma empresa de engenharia em troca de ser favorecida em contratos com a subsidiária da estatal brasileira. Além disso, ele é investigado por repassar a propina a integrantes do Partido dos Trabalhadores.