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Bispo da Cultura


Como será...?



Antes de tudo é necessario enteder  conceito da palavra Cultura, todo aquele *complexo que inclui o conhecimento, as artes, as crenças, as leis,  a moral, os costumes, hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano*, não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.


Dito isso, faço a pergunta: Como será o amanhã? Tendo em vista que um marco histórico para a política cultural foi desintegrado, e não estou a falar apenas do Ministério da Cultura, que passará a ser uma simples mesa em um canto qualquer na gestão de 2019 à 2023..., do governo federal, isso será um desastre para as políticas culturais nos Estados e Municípios, porque pior de que mandar para o espaço o MINC, poderá mandar junto todas as políticas Culturais existentes, a exemplo do tão suado e valoroso Plano Nacional para Cultura, as políticas de cultura por segmento da sociedade (povos), e o que é pior, excluir a sociedade civil do processo de construção da política cultural.


Não é tão difícil deduzir isso, basta dar uma olhada na proposta construída e apresentada a sociedade do plano de governo da atual gestão, não passa de uma folha em branco, ou seja, não tinha um risco, ela estava, está e pelo visto continuará completamente em branco, melhor dizendo não existe ou jamais existiu proposta de governo para Cultura. Por isso não é tão difícil fazer tal dedução, que só restará poeira.


Como pode um País multi-cultural como esse, o qual podemos classificar como o País que tem a maior pluraridade cultural do planeta, além dos nomes dos grandes artistas nas múltiplas artes, seja do saber ou do fazer cultural, seja na culinária, no artesanato, na música, nas culturas populares, os patrimônios naturais e paisagísticos, na literatura, no cinema que vem ganhando as telas mundiais e dos artistas do fazer teatral, que nos últimos anos ganharam as telas do mundo, e ainda da simplória forma de uma rezadeira/curandeira/parteira, ou até da nossa forma de plantar e de colher, para o  escritor Fernando Pessoa “Cultura não é ler muito, nem saber muito; é conhecer muito.”


Foi tão difícil chegar até aqui, e com um simples risco de caneta, tudo volta ser poeira dispersa levado pelo vento, da lembrança ou de histórias, que um dia serão contadas de alguma forma. Não podemos regredir tanto em algo que é tão importante para um povo, a tal ponto, que é possível comparar com formação/educação, saúde, habitação e social.


Corrabora com o que foi dito na frase do pensador e escritor Édouard Herroit, o qual descreve que  “A cultura é aquilo que permanece no homem quando ele já esqueceu todo o resto.”Por tais razões, não podemos estagnar ou regredir nas políticas culturais existentes, tendo em vista que perderemos o bonde da história, sendo esta contada para nosso povo com certas distorções, e que a cada dia fica ainda mais precária, tendo em vista que o governo federal o recuou da política cultural.


Difrente do governo Federal, o Estado manteve a estrutura das políticas culturais, porém, decidiu nos últimos anos direcionar a aplicação de recursos para a capital e para novas tecnologias, diminuindo assim os investimentos nos rincões mais longínquos da capital. Sendo assim, deixando de investir em quem mais precisa, que é a cultura de base ou seja, no fomento.


Por outro lado, é perceptível a inércia municipal das políticas/ações e da desvalorização da nossa cultura, tendo em vista que insiste em arte, educação e social, se afastando a cada dia da cultura.


Por outro lado, agregar a marca da gestão nas poucas ações existentes de pessoas/grupos, que insistem em realizar na raça e na coragem suas ações/atividades, onde buscam as suas últimas energias para fazer do seus sonhos uma realidade. O pensador e filósofo Confúcio afirma que “Num mundo culto temos uma conduta florida, e num mundo inculto temos discursos floridos.” Desta forma e a cada dia, essa frase fica mais latente ao nosso meio.Precismaos valorizar a nossa cultura, fazer dela a porta de entrada do nosso País e do nosso Estado e do município, além de decorar o quadro da sala chamada Camaçari.


Valorizar quem sempre fez e faz desse saber um meio de construção de seres humanos melhor para essa terra. Parafrasenado uma fala do mestre Petróleo “Já fizemos tantos... Não há dinheiro que pague, e ainda faremos tanto que não haverá dinheiro suficiente para pagar nossas ações, porque fazemos por amor à arte, e não para auferir lucro dela... A arte, o saber e o fazer tem seu valor, porém, não tem preço.” E se faz necessário dar destaque à cultura, que cria, recria e transforma seres, saberes e coisas, não deixando de lado suas características e mais, possibilitando novas formas.


Precisamos ter um futuro que guarde nas pessoas e nos descritos, parte do passado, presente, para que possamos ter um futuro.Sendo assim, descreveu Aristóteles “Interrogado sobre a diferença existente entre os homens cultos e os incultos, disse: 'A mesma diferença que existe entre os vivos e os mortos' “.


Que seja promovida a cultura dentro de cada um, e que consigamos preservar/guardar tudo, ou parte que temos, para que possamos passar por esses  dias sombrios que teremos.E que chegue logo o amanhã, e que os raios de sol ou os pingos da chuva, possam fazer reflorescer, o que já foi semeado, e que a colheita possa ser farta, e a esperança floresça a cada novo dia dentro de cada um. Cultura é Preciso e Essencial.


Bispo da Cultura bispocultura@gmail.com é bacharel em Direito, vice-presidente do PT de Camaçari, produtor e agitador cultural, ator e diretor teatral e ex-integrante do Conselho da Cultura de Camaçari


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor


 
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