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Adelmo Borges


Roda da história II



Durante a primeira gestão de Luiz Caetano, um grupo multidisciplinar de professores da Universidade Federal da Bahia efetuou um diagnóstico do município de Camaçari e apresentou propostas para dinamizar a economia no sentido de atrair empresas e profissionais liberais no sentido de dinamizar a economia, propiciar emprego e renda.


O grupo também apresentou propostas estratégica para o desenvolvimento do turismo na orla e uma estratégia para a integração sede-orla. Dente as recomendações destacavam-se o incentivo fiscal, via o imposto sobre os serviços (ISS) visando a implantação de escritório de consultoria, profissionais liberais, clinicas médicas e laboratórios, farmácias e varejistas em geral e descentralizações dos serviços municipais, na época, concentrados na sede.


A ideia era dotar o território municipal com o credenciamento de clinicas e laboratórios, na sede e na orla, de maneira que esses serviços prestassem atendimento à população nas proximidades de suas residências, assim como o surgimento de um comércio de abastecimento alimentar, bebidas, manutenção e consertos de equipamentos eletrodomésticos. Para tanto buscar-se-ia o apoio do SEBRAI, SENAI e do SENAC no sentido de formar e/ou aperfeiçoar mão-de-obra local como fomento empregatício.


Era um estudo abrangente, detalhado e com uma palpável estratégia de implantação em paralelo com a modernização dos instrumentos da administração, tais como plano de desenvolvimento urbano, código tributário, plano de cargos e salários dos servidores, roteiros dos transportes coletivos, etc. Muito pouco foi efetivado, precariamente o plano de informatização municipal financiado pela Companha de Desenvolvimento Regional, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento.


Durante o período da gestão de Ademar Delgado houve a tentativa de recuperar as informações, promover as atualizações e viabilizar o plano. Também não foi em frente.


Logo após o carnaval tive a oportunidade em ler um artigo do ex-secretário de planejamento estadual, Dr. Waldeck Ornelas que versa sobre as transformações esperadas para Camaçari nos próximos anos. Um documento inteligente, bem delineado com argumentações e sustentações técnicas perfeitas.


Ocorre que as administrações que passaram e a atual não acreditam em planejamento de longo prazo, principalmente quando se desponta um pleito eleitoral a aproximadamente 600 dias e a popularidade da gestão preocupa os administradores e seus auxiliares direto. Faltava antes e falta agora a visão de longo prazo, dos benefícios das ações planejadas e dos frutos que pode se obter. Nas gestões anteriores faltou vontade politica e preocupação exagerada com a politica, na atual me parece ter o mesmo sentimento.


Quem viver verá.


Adelmo Borges adelmobs@terra.com.br é dirigente do Rede Sustentabilidade de Camaçari


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor


 
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